Leitura Dinâmica



É bem verdade. E por isso há alturas em que me interrogo sobre a minha velocidade de leitura e se ela será suficiente para eu conseguir ler todos os livros que quero antes de morrer… (já sei que não, porque o número de livros não é constante no tempo – e não, não diminui – e parece que a velocidade de leitura é…)

A minha pesquisa neste assunto limitou-se a tentar perceber qual era a média de leitura (digo-vos já que a resposta é: entre 200 e 250 palavras por minuto), a fazer vários testes disponíveis na net e ver se estava dentro da média. E (guess what…) estou. O que é uma grande chatice, convenhamos.

Mas eis senão quando me deparo com este artigo fabuloso sobre inconvenientes da leitura dinâmica ou rápida… ou ultrarrápida, porque aparentemente há quem leia o “Harry Potter e os Talismãs da Morte” em 47 minutos…

O autor do artigo cita estudos científicos publicados e defende que a leitura dinâmica de ficção e não-ficção não permite a retenção da informação:
“Devemos questionar-nos se a leitura rápida é de todo uma aspiração saudável. Os leitores dinâmicos não veem o que está na página, eles leem o que querem ver. O que talvez explique porque é que esta prática continua a prosperar. Deve ser muito bom devorar um livro em meros segundos e descobrir que falava do que já se sabia. Mas isso é praticamente o oposto de aprendizagem.”

Resumindo numa só frase dita pelo Woddy Allen nos anos 60:
Eu fiz um curso de leitura rápida daqueles em que percorres o centro da página de um livro com o dedo e fui capaz de ler o «Guerra e Paz» em 20 minutos. Era sobre a Rússia.

Leia o artigo completo aqui.

sobre o ódio aos judeus

"A missiva [...] era uma constatação expressiva de como o medo invade um indivíduo quando as forças desencadeadas e manipuladas de uma sociedade o escolhem como inimigo e lhe negam o recurso de apelação, neste caso apenas por professar determinadas ideias que outros, a maioria manipulada por um poder totalitário, assumiram como perniciosas para o bem comum."

do livro "Hereges" de Leonardo Padura

O Bibliomóvel de Proença-a-Nova



Em Poença-a-Nova, Nuno Marçal é o bibliotecário que se desloca numa carrinha para prestar o serviço de “biblioteca móvel” nas áreas mais desertificadas desse concelho. Esta biblioteca itinerante surgiu em 2006, integrada nos projetos de combate à pobreza e ao isolamento na região que surgiram na sequência dos grandes incêndios de 2003.

Tem cerca de 800 livros disponíveis para empréstimo, para além dos jornais diários e de um computador com acesso à internet dentro da carrinha.


Leia mais sobre este projeto apaixonante no Diario deNotícias.

O que é um Grupo de Leitura?

Tanto se podem chamar de Grupos de Leitura, Clubes de Leitura, Clubes Literários, e por aí adiante. Estes “ajuntamentos” de pessoas começam simplesmente por marcar uma data para discutir um livro.


Se imagina um grupo de leitura como 4 pessoas com óculos “fundo de garrafa” sentadas à volta de uma mesa com bolachas bafientas e chá morno e acre… Desengane-se! O grupo de leitura feminista da Emma Watson é um exemplo de quantos milhares de pessoas podem participar ao mesmo tempo (mais de 123 mil)! O grupo de leitura da Oprah Winfrey é outro exemplo!

Depois de me lamentar que é um infortúnio que este tipo de modas não pegue em lado nenhum perto do sítio onde vivo, resolvi fazer uma pesquisa no Google e fiquei… não se hei-de escrever “extasiada” ou “chocada”…
Eu subestimei completamente o potencial da internet neste tipo de fenómenos! Não só há imensos grupos de leitura online, como há imensa informação sobre como organizar o grupo, onde reunir, como manter a discussão do livro acesa e qual a frequência ideal das discussões… há mesmo guias de discussão sobre determinados livros e ideias para temas mensais!

Se ficou com vontade de formar um grupo de leitura entre os seus amigos, no seu prédio, com os pais das outras crianças que andam na escola com o seu filho, aqui fica uma boa introdução:

Se preferir um grupo de leitura online, fique atento ao blog das Leituratonas, que está em vias de renascer das cinzas.

Supergirl - série de TV

Vi o primeiro episódio desta série e não consigo deixar de pensar em como é que às vezes eu me dou ao luxo de perder o meu precioso tempo com coisas inúteis...
Entre tapar a cara nas cenas ridículas e revirar os olhos quando a miúda tentava chorar mais com pequenos guinchos do que com as lágrimas, perguntei à minha cara-metade se estas séries sobre heroínas femininas são más de propósito...
Será que são?

Vou já começar por confessar uma coisa importante: eu não sou a melhor pessoa para apreciar séries de super-heróis. Os meus gostos pessoais recaem sempre em séries tipo Narcos, House of Cards ou Breaking Bad, alternadas com episódios de séries mais bem-dispostas e leves como Silicon Valley para não me fartar do drama.
Esta SuperGirl era uma candidata a série "mais bem-disposta e leve", mas não passamos do primeiro episódio. Aliás, quase nem sequer passávamos dos primeiros 15 minutos.

E eu pergunto: depois de anos de Lois & Clark (nos 90's) e mais não-sei-quantos anos de Smallville (anos 2000), esta série SuperGirl que começou em 2015 tem mesmo de ser tão má? É uma pena!
Depois penso no quanto isto alimenta o estigma de "séries com heroínas não valem a pena".
Depois penso no que eu própria senti quando vi o trailer do Batman V Superman e a Wonderwoman apareceu lá no meio... Guilty of charge! O sexismo também me toca. Nada melhor do que reconhecê-lo e lutar contra ele.

Conclusão: talvez vá ver o filme, afinal. Mas não vejo mais episódio nenhum da série, nem pensar.